sábado, 20 de dezembro de 2008

A promiscuidade kultural literária “made in” Madeira








No passado dia 13 de Dezembro, numa fantástica iniciativa com objectivo humanitário, a Fnac Madeira e a editora O Liberal, deram as mãos por um pequeno livro intitulado “Leituras Soltas”.
Num espaço a abarrotar de gente interessada em conhecer o projecto e em ajudar os mais necessitados.
Um projecto que cometeu a proeza de juntar 11 autores que escrevem e produzem na Madeira. Entre outros, António Castro (várias vezes premiado como poeta e letrista), António Paiva (autor do segundo livro de poemas que mais vendeu na Fnac Madeira em 2007), Constantino Palma (que tem alguns títulos de deliciosa prosa), Graça Alves (vencedora do prémio literário 2008 do Instituto Vinho Madeira, entre outros), Isabel Fagundes e Octaviano Correia (reconhecidos autores de boa literatura infantil), Joana Aguiar e Natália Bonito (revelações da poesia escrita na Madeira), Lídio Araújo (com obra feita e reconhecida) e José Maria Campinho (adoptado pelo Porto Santo, com um raro dom para a escrita de contos e com livro já publicado).
Para além de todos eles estarem presentes, ou se fazerem representar, outros autores (não participantes na 1ª edição deste projecto) estiveram lá. Porque sabem reconhecer o que de bom se faz na Madeira. Porque sabem ser amigos com “A” adulto. Porque este também foi um projecto de amizade e de confiança entre os envolvidos.
Dos outros, os tais que cada vez mais se identificam, mesmo que queiram passar despercebidos, com o “lobby” pseudo-cultural e literário cá da terra…nem vê-los. Nem cheirá-los…Autismo “oblige”. E solidariedade editorial também…
Por parte da Comunicação Social televisiva e escrita, a que arrogantemente se identifica com o referido “lobby” esquecendo a sua missão de informar e servir com isenção e imparcialidade…nem vê-los. Provavelmente tinham sido sequestrados, amordaçados e escondidos num qualquer armário para não poderem estar presentes…Pobres dos atormentados de espírito. E dos amordaçados.
Ou então, porque dos 11 autores eleitos não constava nenhum dos do “lobby”…a matéria já não tinha interesse para cobertura.
Acreditem em duas coisas: este é um projecto bonito, inédito, que vai continuar e que já saltou as fronteiras da ilha; em seguida o tal “lobby” pseudo-cultural e literário vai querer fazer uma coisa do género. E até vai tentar “roubar” alguns dos que agora fizeram parte desta iniciativa em demonstração do seu poder cada vez mais caduco
Para que todos saibam, na Madeira existem muitos mais que sabem escrever (e cada vez mais existirão), seja prosa, ou poesia. Para dor daqueles que se acham os melhores prosadores da terra (que até estão longe de o ser), os melhores “estoriadores” infantis da terra (que até nem são) ou os melhores poetas do burgo (coitadinhos…).

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