sábado, 13 de dezembro de 2008

Perus de Natal - os meus indultos









Seguindo as pisadas do defunto Presidente dos EUA, Harry Truman, e dos seus sucessores, e na linha de algumas idiotas tradições norte-americanas, venho por este meio indultar alguns perus e peruas em mais uma iluminada e hipócrita quadra natalícia:
É minha decisão indultar todos os que têm cortado nas minhas costas e me têm tentado apunhalar por palavras, actos ou omissões.
É minha decisão indultar todos os que têm obstruído o meu acesso a determinados órgãos de comunicação social por terem receio da minha vasta e aterrorizadora visibilidade.
É minha decisão indultar os que desejam a minha má sorte, o fracasso das minhas publicações e o meu desaparecimento do mapa literário da Região.
É minha decisão indultar todos os que me sorriem parvamente e amareladamente, ao mesmo tempo que me batem nas omoplatas e dizem…continua assim que vais longe.
É minha decisão indultar papagaios depenados, araras acorrentadas e críticos altamente reconhecidos e de alto gabarito rural (desculpem…regional). Que voem as araras, que se implantem penas nos papagaios, que se desacorrentem os críticos literários (onde é que eles estão, onde é que eles estão???)!
É minha decisão indultar alguns membros de júris de concursos literários, pictóricos, escultóricos, festivaleiros, de caricaturas e afins, que continuam a ser manobrados nas sombras para não escolherem os trabalhos de alguns concorrentes abrindo os envelopes “secretos” antes de tempo (uuuhhhh, que medo…) para logo se decidirem por quem não vai vencer. Ou de, ao ouvirem os nomes de determinados concorrentes, colocá-los logo de parte. Assim não vai longe a cultura praticada cá na ilha…
É minha decisão indultar todos os que “cortam na casaca” de uns e de outras, mas que depois aparecem ao seu lado em lançamentos de livros, atribuições de (en)comendas por solicitação pública e influências privadas, ou em programas da “caixinha mágica”.
É minha decisão indultar os bajuladores, os cortejadores, os vassalos e todos os que, de uma forma triste, cabisbaixa, resignada e deprimente continuam o seu calvário de bajular, cortejar e vassalar. Porque sei que um dia o seu tormento acabará.
O Natal, assim como a Primavera, é sempre que um Homem quer. Basta é querer!

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