Acerca de uma peça de teatro com o mesmo nome que me preparo para ver numa próxima deslocação a Lisboa, veio-me à memória um poema que um dia lhes dediquei no meu livro "Intimidades". Sim, às putas de Lisboa! Aquelas mulheres tristes, decadentes e melancólicas que povoam o nosso imaginário e as esquina da cidade, atravessando a imperceptível fronteira entre a escuridão e um raio de luz amarelada vomitada por um candeeiro antigo. Aqui fica uma passagem do dito poema...para a outra margem:
Liberto-me das amarras
Ao encontro da podridão
Em busca de companhia
Para a minha solidão
Ao encontro da podridão
Em busca de companhia
Para a minha solidão
Percorro horas da madrugada
Vagueio sem rumo nem norte
Descobrindo vidas estranhas
Que falam de vida e morte
Vagueio sem rumo nem norte
Descobrindo vidas estranhas
Que falam de vida e morte
Vidas que se cruzam
Numa esquina da cidade
Que já perderam a esperança
De viver a felicidade
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