Vagueio nas esquinas da noite Olhando as janelas apagadas Adormecido mundo, insone, De tantas almas desamadas Um latido de cão solitário, Sobrepõe-se ao sino da igreja Um corpo mexe-se sob o sudário Permitindo-o que o entreveja E as imagens surgem, de supetão, Amalgamadas dentro de mim Rebentando de exasperação Ao imaginar teu corpo de cetim Afinal és tu! Tu que te mexes entre as sombras… …naquela varanda alcandorada Sobre o caminho que percorro De uma rua vazia e empedrada Em que me espreitas sem decoro Peço então à primeira estrela, Que passa por mim a brincar, Que leve à tua varanda A minha vontade de versejar E tu sorris, Sorris como só tu sabes sorrir Convidando com o teu doce olhar As minhas palavras a subir, Permitindo-me em ti mergulhar O resto foi poesia por detrás da lua Espadachins de novas palavras Que esgrimiram por entre a pele nua Ideias jamais inventadas E nasceu finalmente o sol Por entre as frestas do nosso amar, Campo de batalha, amarrotado lençol, Tela imprevista para tanto ri(t)mar Da loucura tinham nascido Novos poemas, vagas sem fim, Que por teres acontecido Rebentaram finalmente em mim |
Até breve
Há 11 anos
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